Santa Cruz de La Sierra / BO --> La Paz

Dia 23 chegamos a Santa Cruz, muito calor, estávamos com bafos terríveis, cabelos sebentos precisando mesmo de banho, dia 21 a tarde tinha sido meu ultimo banho, no trem víamos os cozinheiros, ao acordar, organizando sua higiene na pia da cozinha, ao som de Creu, Bruno e Marrone, Calipso e até Morango do nordeste em espanhol. Chegando na rodoviária de Santa Cruz avistamos uma placa perto de um barraco que dizia: "Bienvenido La Los Angeles",  a primeira coisa que buscamos foi as passagens para La Paz, depois Banho(FOTO) por 3B/.

Santa Cruz é a cidade comercial, muitas empresas e muitos burgueses ( os que não apóiam Evo Morales )
o clima em Santa Cruz é menos quente que o de Quijarro, compramos passagens p/ La Paz por 130B/ pela agencia Trans Copacabana,  tinha de 80B/ contudo, lotado!
O ônibus sairia as 19:30h  e ainda eram 10:30h, aproveitamos pra conhecer a cidade, fomos a uma grande feira de produtos importados, compramos: maquina fotográfica, Pen driver. Achamos uma Lan house por 4b/ a hora, descarregamos as fotos.
As 19h embarcamos pra La Paz, na hora do embarque conhecemos alguns brasileiros, que também estavam indo a La Paz, pouco mais de 19h e, lá estava nosso ônibus, o ônibus dos brasileiros não era aquele, era um que estava atrasado, deveria sair as 14:30h( a passagem que lamentávamos não ter comprado, por ser mais cedo), já se aproximava de 20h e nada do ônibus deles, a previsão era chegarmos as 8h da manha do dia seguinte, chegamos a noite, foram 24h de viagem, o dobro do previsto. Coisas da Bolívia!

Caminho a La Paz

Chovia muito e o motorista seguia cauteloso, quase parando, após umas cinco horas de viagem o ônibus realmente parou, havia uma fila enorme de ônibus e caminhões, e uma luz na cabeceira da fila, descemos pra ver o que estava acontecendo,um motorista nos informou que havia muitas terra na estrada e alguns homens trabalhando para retira-la, o deslizamento de terra nos deixou parados por umas 5 horas, rimos, dormimos e por fim seguimos viagem, e logo percebemos a diferença do ambiente, do clima, do povo, a forma de se vestir, as pessoas parecem mais calmas, serenas e tranqüilas. Em Santa Cruz tudo é mais agitado, as pessoas, os carros, a cidade. No caminho vimos grandes vales, subíamos sempre, até alcançar o verdadeiro altiplano, retas prolongadas, muitas plantações, muitas ovelhas, jegues peludos e algumas llamas.
Os Bolivianos não reclamavam de nada durante toda a viagem, apesar do muito atraso e das diversas paradas que fizemos, estavam em paz, dormiam, falavam pouco e baixo, lembrei logo do meu belo Brasil, onde todo mundo reclama de tudo.
Passamos por Cochabamba, uma cidade em meio a um gigantesco vale,  de lá dava pra ver as primeiras montanhas com uma bela cobertura de neve. Em Cochabamba é tudo plano, e mesmo assim todos andam devagar, os carros são cobertos de adesivos, na lataria e no vidro,  o motorista prevê que chegaríamos a La Paz as 17h. Apesar de estarmos a 2.500 metros de altitude ainda não sinto sintoma algum, todos estão bem, meus ouvidos me lembram as viagens de avião, estão tapados.
Na Bolivia a comida tradicional é o Pollo ( Frango), nada é mais popular, em todos os lugares ouve-se " pollo, pollo, pollo..." e mulheres - Cholas - vendendo sanduiches de pollo...
Todas as cidades bolivianas tem feiras populares, onde vendem de tudo, são como as cidades do interior brasileiro, as vezes é difícil identificar o que é táxi e o que não é, nem todos tem identificação, e os que tem são do jeito deles, com adesivos customizados, não tem placas de identificação padronizadas.

As 11h da manhã descobrimos que o atraso para sair de cochabamba era devido a um defeito na marcha, tínhamos viajado todo aquele percurso sem usar a primeira marcha, que estava defeituosa, os mecânicos eram rápidos, corriam pra todos os lados o tempo todo, trabalhando em equipe e aos gritos, pensamos que talvez chegaríamos em La Paz a noite.


No trajeto a La Paz via-se diversos vales após cada grande subida, e durante todo o trajeto via-se pessoas, principalmente crianças, com chapéis e casacos, me veio o pensamento, o Sol da tarde, tão quente, como usam tantas roupas, quando descemos pra usar o banheiro natural percebi que apesar do sol estar quente, o ar era rarefeito e soprava muito gelado, ao longo do trajeto vimos também diversas casas cheio de pedras nos tetos, o teto é feito de placas tipo eternites e concluímos que o vento é poderoso por ali, senti a altitude quando desci do ônibus, dei uma corridinha pra adiantar e senti que cansei de forma diferente, mais exaustiva.
Crianças por todos os lados, balançam suas mãos como se estivessem pedindo, e provavelmente estão, mas, a cada 100 metros há uma criança, em meio a montanhas, distantes de casas, uma outra criança, algumas vezes só! algumas vezes com pais, e algumas vezes  llamas. A cada Km o solo é mais seco e vegetação mais rasteira, faltam 260 km pra chegar a La Paz.

Comentários

  1. Anônimo21:04

    Estou indo para a Bolívia no dia 5 de maio, li diversos depoimentos e ainda não sei se vou de Santa Cruz de La Sierra para La Paz via Sulcre de avião ou encaro esta doideira de ônibus.

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  2. Deixa teu e-mail que te dou umas dicas!
    ou me add: icaro_tharsis@hotmail.com
    flw

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  3. Anônimo02:45

    que bem amigo conocistes a bolivia eu sou de SANTA CRUZ mas vivi en LA PAZ na provincia de isla del sol onde eu tenho uns tios Aymaras
    vejo que a sua viajen foi cansativa eo frio apertado mas se acostuma
    aver quando for a LA Paz pasas en el ALTO nas feiras que tom por ali é bom pra se comprar
    e el SANTO CRUZ o melhor pollo é do restaurante TAYWAN 2 cuidese!!

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